No primeiro dia de aula cada estudante se apresentou rapidamente. O objetivo era saber o nome das pessoas, sua situação e momento no curso, campos e temas de interesse de investigação, e conhecer um pouco de suas experiências ou interesses no campo da educação. Tivemos aproximadamente 10-12 estudantes presentes em cada turno.
Em seguida realizamos uma atividade de mapeamento ágil do imaginário instituído em torno de duas questões:
1.O que “eu” como futuro professor, devo saber para poder exercer minha atividade?
2.O que sinto/percebo como ameaças à realização da minha prática como docente? O que está sob ameaça?
Tarjetas foram distribuídas para os estudantes. Eles escreveram suas respostas e depois todas elas foram lidas em sala. Na medida em que eles liam fui montando um diagrama dos termos, dando forma a dois “mapas” mentais (veja link para imagens abaixo).
O objetivo dessa atividade era compreender melhor quais são as representações instituídas em torno dos saberes e competências que acreditamos ser necessárias para uma boa atuação docente. Com a outra pergunta, eu desejava compreender um pouco das preocupações, medos e anseios que os estudantes têm diante das transformações que afetam a sua atuação como futuros professores.
Realizar este tipo de mapeamento é importante. Ele ajuda a tornar visível entre nós quais são as representações, o imaginário, as percepções, que participam da nossa construção de mundo. Compreender de onde partimos e quais são as influências (culturais, teóricas, emocionais, políticas etc) que compõem nossas experiências é uma estratégia importante para desenvolvermos uma reflexão e prática crítica sobre nossos percurso de formação durante o curso. Na outra pergunta, ao tornar visível coletivamente o que está “ameaçado” reconhecemos qual é nosso “comum”, relativo à atividade docente, que está sendo transformado ou destruído. Ao fazer isso destacamos a forma como as relações entre os professores, e deles com o mundo escolar, são parte constitutiva do tecido que sustenta este comum.