Saiu a lista dos Seminários Temáticos aprovados para o REACT-2021. Estamos envolvidos na proposição do:
ST-05: Tecnopolíticas, Cosmopoliticas: conflitualidades, modos de saber e tecnologias face ao plantationceno
Coordenadores: Henrique Z.M. Parra (UNIFESP/Pimentalab/LAVITS); Alana Moraes (Museu Nacional-UFRJ/Pimentalab/LAVITS); Rafael Malhão (GAEP-UFRGS).
Ementa: (english below/español abajo)
Se cada forma de vida é indissociável da produção de tecnologias e infraestruturas que sustentam um mundo comum, nos parece então urgente investigar a hipótese de uma conflitualidade técnica afiançando a Guerra de Mundos em curso. Mbembe indica a necessidade de pensarmos a partir do devir-artificial da humanidade, a infraestrutura material da nossa existência e os regimes de toxidade e asfixia que hoje caracterizam os exercícios das formas de poder e a própria soberania fazendo funcionar a apropriação do inapropriável. A tecnoesfera – a ordem técnica do mundo – adquire uma força descomunal na confluência da tecnociência, da financeirização, da militarização e do extrativismo ampliado dinamizando dispositivos de conversão do vivo em recurso. Com o simpósio temático, convidamos ao diálogo reflexões sobre zonas de conflitualidades emergentes nas quais dissensões ontológicas, técnicas e políticas arrastam para a cena a defesa e sustentação do Comum a partir de redes heterogêneas entre humanos, outros que humanos, arranjos sociotécnicos, territórios, infraestruturas. Quais os desenhos possíveis de outras praticas de conhecer e das tecnologias necessárias que possam apontar para rotas de fuga do capitaloceno-plantationoceno e das formas renovadas de dominação, domesticação e extração racializadas? Como acompanhar e fortalecer a tecnodiversidade reivindicada por coletividades que interrogam a monocultura tecnocientífica diante das catástrofes? O que poderia ser também uma perspectiva tecnopolítica decolonial que percorra as reflexões sobre “decrescimento”, “pós-crescimento”, as alternativas às imaginações do “progressismo”, do “tecnosolucionismo” e do “aceleracionismo” que apresentam-se como horizonte da governamentalidade de crise do capitalismo pandêmico?
Prazo Submissão de resumos: 16 de junho a 31 de agosto.
Data realização: 22 a 26 de novembro: VIII Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia.
Proponentes poderão submeter seus resumos por meio da inscrição no site: https://react2021.faiufscar.com/pagina/4776-inscri%C3%A7%C3%B5es#
As regras para submissão podem ser consultadas neste link (também copiamos abaixo): https://react2021.faiufscar.com/materia/296-submiss%C3%A3o-de-resumos-para-sts#
Regras para a submissão de resumos para apresentação oral em Seminários Temáticos (ST)
- As submissões devem conter título (até 200 caracteres com espaços), resumo (até 2500 caracteres com espaços), nomes e filiações institucionais de autoras/es e coautoras/es;
- Doutoras/es, doutorandas/os, mestras/es e mestranda/os podem submeter trabalhos na condição de autoras/es. Graduadas/os e graduandas/os e podem inscrever propostas apenas como coautoras/es;
- O trabalho poderá ter coautoras/es, que também devem ter seus nomes registrados no momento da submissão. É necessário que todas/os as/os proponentes do trabalho façam sua inscrição no site do evento. O resumo deverá ser submetido por apenas uma/um das/os proponentes;
- Cada proponente pode submeter apenas um resumo aos STs, salvo se for autora/autor em uma proposta e coautora/coautor em outra, situação esta limitada a duas propostas com conteúdos diferentes.
[English] ST-05: Technopolitics, Cosmopolitics: conflicts, modes of knowing and technologies facing the plantationcene
Abstract: If each form of life is inseparable from the production of technologies and infrastructures that sustain a common world, then it seems urgent to investigate the hypothesis of a technical conflict supporting the ongoing War of Worlds. Mbembe indicates the need to think from the artificial-becoming of humanity, the material infrastructure of our existence and the regimes of toxicity and asphyxia that today characterize the exercise of forms of power and sovereignty that put to work the appropriation of the inappropriate. The technosphere – the technical order of the world – acquires an extraordinary strength at the confluence of technoscience, financialization, militarization and expanded extractivism, boosting devices that convert the living into a resource. With the thematic symposium, we invite to a conversation and reflections on zones of emerging conflictuality in which ontological, technical and political dissension bring to the scene the defense and support of the Common through heterogeneous networks between humans, other than humans, sociotechnical arrangements, territories and infrastructures. What are the possible designs of other practices of knowing and the needs that can point to escape routes from the Capitalocene-Plantationocene and from the renewed forms of racialized domination, domestication and extraction? How to accompany and strengthen the technodiversity claimed by communities that question the technoscientific monoculture in the face of catastrophes? What could also be a decolonial technopolitical perspective that runs through reflections on “degrowth”, “post-growth”, as alternatives to the imaginations of “progression”, “technosolutionism” and “accelerationism” that presents itself as a horizon of governmentality crisis of pandemic capitalism?
[Español] ST-05: Tecnopolíticas, Cosmopoliticas: conflictividades, modos de saber e tecnologias frente a lo plantationceno:
Si toda forma de vida es inseparable de la producción de tecnologías e infraestructuras que sostienen un mundo común, nos parece entonces urgente investigar la hipótesis de una conflictividad técnica que agudice la actual Guerra de los Mundos. Mbembe señala la necesidad de pensar desde el devenir-artificial de la humanidad, la infraestructura material de nuestra existencia y los regímenes de toxicidad y asfixia que hoy caracterizan los ejercicios de las formas de poder y la propia soberanía, haciendo funcionar la apropiación de lo inapropiable. La tecnoesfera – el orden técnico del mundo – adquiere una fuerza fenomenal en la confluencia de la tecnociencia, la financiarización, la militarización y el extractivismo ampliado, dinamizando los dispositivos de conversión de lo vivo en recursos. Con este simposio temático, invitamos al diálogo a reflexiones sobre zonas emergentes de conflicto en las que las disensiones ontológicas, técnicas y políticas arrastran a la escena la defensa y el sostenimiento de lo Común desde redes heterogéneas entre humanos, otros-que-humanos, arreglos socio-técnicos, territorios, infraestructuras. ¿Cuáles son los posibles diseños de otras prácticas de conocimiento y de las tecnologías necesarias que pueden señalar vías de escape del capitaloceno-plantaciónceno y de las renovadas formas de dominación, domesticación y extracción racializada? ¿Cómo acompañar y reforzar la tecnodiversidad reivindicada por las colectividades que cuestionan la monocultura tecnocientífica frente a las catástrofes? ¿Cuál podría ser también una perspectiva tecnopolítica decolonial que recorra las reflexiones sobre el “decrecimiento”, el “poscrecimiento”, las alternativas a los imaginarios del “progresismo”, el “tecnosolucionismo” y el “aceleracionismo” que se presentan como el horizonte de la gubernamentalidad de crisis del capitalismo pandémico?